Autor: Laércio Lins
O que é isso?
Esse universo será o ar? Ou água?
O que é isso?
Esta beleza será flor?
Ou uma folha planando seca ao vento?
O que será?
Água de coco? Mel de abelhas?
Não deve ser.
Tem cheiro seco de sândalo
e brilho de purpurina.
Às vezes mistério, misto de sensações,
sentimentos de paz e guerra,
mistura de mulher e menina.
Às vezes bruxa, duende, em outras horas fada-madrinha.
Não deve ser uma pedra, muito menos um metal,
tem a luz dos vaga-lumes, piscando no pensamento,
tem o vôo das gaivotas, viajando céu a dentro.
Flui leve qual gota d água,
flui morna tal uma lágrima.
O que é isso? um furacão?
Acho que não.
Tem o silêncio das larvas que escorrem de um vulcão,
os sentidos do samurai e a inquietude da procura.
Poderia ser a chuva abraçada à ventania,
Ou o encontro entre a noite e o dia
ou simplesmente orvalho ao amanhecer.
Poderia ser a lua ou desabrochar de primavera,
anunciação de chuva, abertura, recomeço, sinais de uma nova era.
Poderia ser açúcar, sal, pimenta, todo tempero,
poderia ser motivo, razão ou mesmo um cheiro,
mas, tudo seria pouco para definir, com certeza, esta obra,
que assume forma de poema e prosa com a mesma sutileza
que se transforma em pintura, e dá vida a uma tela.
Explicação? Não há. Simplesmente poesia.
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Laércio, belissima poesia.. adorei.
ResponderExcluirbjs
Obrigado Luciana!!! Bjs
ResponderExcluirO que dizer depois de ser encantada por versos tão bonitos ?
ResponderExcluirQue linda declaração!
Beijos
Obrigado pelas palavras. Fico feliz por saber que algo que escrevi causou sensações agradáveis, acredito que esta é uma das mais bonitas funções da literatura, estimular sentimentos bons e abstrações.
ResponderExcluirBeijos