domingo, 23 de outubro de 2011

Resta

Autor: Laércio Lins


Resta a resta da fresta da porta,
o rastro de espuma depois do navio
o traço de fumaça depois do avião
o rastro da saudade do amor que sumiu

Resta o passo do homem que segue sozinho
Resta o rastro no fim do caminho
o sopro do vento girando o moinho
A vida no pássaro, o ovo no ninho.

Resta o trovão depois do relâmpago,
resta a fumaça depois da explosão
resta a lava depois do vulcão.
Depois do fogo, da água e do ar, resta o chão


www.aostraeaperola.blogspot.com

3 comentários:

  1. O que me resta dizer, então?
    Que além da caneta e do papel...
    Resta a sua tão bela poesia.
    E ainda por fim,
    De pé, poder te aplaudir.
    Bravo Laércio!!!
    Mônica

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  2. Chão!

    E não é que é o melhor que pode restar?
    Pé ante pé segue o caminho sempre em frente, olha pra trás só pra lembrar-te o que foi, sem mágoa, sem dor, só saudade de tudo que viu, ouviu, sentiu...
    Mas se é saudade que resta é coisa boa que se viveu, sendo assim o que resta é chão e coragem de continuar a olhar e ver a luz pela fresta da porta, navio, espuma, fumaça... AMOR!

    Beijos queridão... te adoro!

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  3. Resta tanta coisa pra se viver. Que Deus te abençoe. Que você transforme o que resta naquilo que você precisa para ser feliz. Te adoro.

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