segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Para acender a luz


Autor: Laércio Lins

De que material é feito a beleza?
Qual o peso da leveza?
De que momento nasceu o tempo? Será que no mesmo lugar onde foi soprado o primeiro vento?
De que pedra preciosa nasceu a alegria? Das larvas de um vulcão? Da água limpa e fria?
Sentimentos bons têm brilho de metal, tem gosto de festa.
Pensamentos não pensados, palavras nunca ditas ou escritas. Será essa a origem da filosofia?
O bem contra o mal, o bom contra o ruim. 1x0 ou empate? Ou será que um alimenta o outro?
De que magia nasce o encanto. A paixão é uma miragem que faz o feio parecer bonito ou é ilusão de ótica?
Será que o medo é parente do grito?
De que é feito o pensamento? De saudade? De lembranças? De ansiedade? De depressão? De senso crítico? De bom senso? Ou de esquecimento?
O poder é forte? Ou se esconde em uma máscara pra não revelar a fraqueza?
Será que o desejo deseja?
Qual a lógica da lógica?
A morte vive de matar a vida.
A esperança que saiu da caixa de Pandora mora agora no ninho da Fênix e acorda todos os dias de manhã.
Eva comeu mesmo a maçã?
Em meio a isso tudo como fica o amor? Na sessão da tarde ou no filme de terror? No beijo de Hollywood ou na novela da TV Globo?
As mães da praça de maio sofrem e sentem saudade de janeiro a janeiro. Deveriam ser mães da praça do ano inteiro.

www.aostraeaperola.blogspot.com

Um comentário:

  1. Oi, Laércio, me sinto muito bem aqui e não canso de dizer isso.
    Questionamentos relevantes para quem entende que o pensar por si só não faz a diferença, mas sim onde nossos pensamentos podem nos levar. E sobre o amor, o dia em que eu suprimi-lo de quem sou para parecer forte, estarei morta por dentro. Seu ótimos textos poderiam fazer parte de uma exposição de poemas promovida pelo blog "Vendedor de ilusão", se gostar da ideia tem um selo no meu blog, no topo da página. Compartilhar o que escreve faz bem. Um abraço!

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