terça-feira, 22 de março de 2011

Tempos modernos

Autor: Laércio Lins


Sabemos que a correria é grande, a tecnologia é veloz, mas, a atenção e os sentimentos humanos não mudam, desde a criação.
O silêncio distancia as pessoas e os caminhos se desencontram. Alguns simples telefonemas no meio do dia podem salvar relações, a máxima “não tive tempo” parece gravação de sucesso na boca do povo. Pena saber que há tanta tecnologia disponível e que a maioria das pessoas não sabe ou não quer tirar proveito para encurtar distâncias.
Pessoas mergulham em solidão diante de centenas de amigos na tela do computador. De site em site, na maioria das vezes sem saber o que procuram, acreditam navegar em um mar de informações e se sentem donos da sabedoria e do poder. É a mesma ansiedade de entrar numa livraria e achar que tem o conhecimento de todos os livros, ao mesmo tempo que não consegui concentração para ler uma única frase.
Tudo é muito novo, tudo aconteceu muito rápido, pensar que não se vive mais sem telefone celular ou sem internet me deixa inseguro, há crianças no Japão reaprendendo escrever por que só sabem teclar.
Lembro quando eu era criança e meu pai me deu uma calculadora eletrônica, o evento causou rebuliço na vizinhança, isso não faz muito tempo e hoje a velha calculadora é avó do computador, peça de museu.
Tenho esperança de que chegará o dia em que o ser humano descobrirá como usou errado os recursos disponíveis, nesse dia a tecnologia passará a unir pessoas e não para afastar, servirá para curar e não para ferir. Quando esse dia chegar a tecnologia trabalhará por nós e sobrará tempo pra convivência, para os encontros, para a conversa frente a frente e para o abraço. Será revalidado o prazer de falar para a mulher ou marido, namorada ou namorado, amiga ou amigo, filhos e irmãos a frase “Eu te amo,” com a boca e os olhos dizendo a mesma coisa, aí sim, estaremos entrando em um mundo civilizado e vivendo tempos modernos.

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quarta-feira, 16 de março de 2011

A Poesia

Autor: Laércio Lins

O que é isso?
Esse universo será o ar? Ou água?
O que é isso?
Esta beleza será flor?
Ou uma folha planando seca ao vento?
O que será?
Água de coco? Mel de abelhas?
Não deve ser.
Tem cheiro seco de sândalo
e brilho de purpurina.
Às vezes mistério, misto de sensações,
sentimentos de paz e guerra,
mistura de mulher e menina.
Às vezes bruxa, duende, em outras horas fada-madrinha.
Não deve ser uma pedra, muito menos um metal,
tem a luz dos vaga-lumes, piscando no pensamento,
tem o vôo das gaivotas, viajando céu a dentro.
Flui leve qual gota d água,
flui morna tal uma lágrima.

O que é isso? um furacão?
Acho que não.
Tem o silêncio das larvas que escorrem de um vulcão,
os sentidos do samurai e a inquietude da procura.
Poderia ser a chuva abraçada à ventania,
Ou o encontro entre a noite e o dia
ou simplesmente orvalho ao amanhecer.
Poderia ser a lua ou desabrochar de primavera,
anunciação de chuva, abertura, recomeço, sinais de uma nova era.
Poderia ser açúcar, sal, pimenta, todo tempero,
poderia ser motivo, razão ou mesmo um cheiro,
mas, tudo seria pouco para definir, com certeza, esta obra,
que assume forma de poema e prosa com a mesma sutileza
que se transforma em pintura, e dá vida a uma tela.
Explicação? Não há. Simplesmente poesia.

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terça-feira, 8 de março de 2011

8 de março


Autor: Laércio Lins (Texto e gravura)

Que tua força e encanto sejam eternos
e tua bravura sempre terna.
Que teus pés tracem teus caminhos
em teus verões ou invernos.
Que tenhas agasalhos quando há frio,
que encontres sempre o ombro amigo,
que tuas lágrimas sejam de alegria,
que amanheças a cada dia.
E cada dia seja teu dia, não só hoje.
Por que és fonte de vida e levas em ti o amor mais puro.
Que surjam vitórias de tuas guerras, grande guerreira.
Por que és MULHER !!!

Salve 8 de março, dia internacional da mulher