terça-feira, 21 de junho de 2011

A cidade


Autor: Laércio Lins (Texto e gravura)


A noite dorme e a manhã acorda, durante o dia cansaço e trabalho.
A noite calada a refletir enquanto as luminárias dos postes iluminam os olhares das casas e edifícios.
Trens, metrôs, carros, motos, livros, cadernos, computadores e papéis. O dia nem sempre almoça, a noite nem sempre janta. A tarde canta e a madrugada dança.
O tempo encurta e o calor agita. Espera e se encontra, se expande e se encolhe.
Gatos de rua sem companhia, cães latindo nas favelas nuas, criança sorrindo em brincadeiras de rua.
Casais namorados e flores. O estresse, a loucura, o mendigo, a droga, a cola e o menino.
Os sentidos se ajustam à música do tempo, cada recanto e cada momento com sua trilha sonora.
O cego enxerga o barulho do vento enquanto ninguém o vê.
Antagônicos sentimentos se misturam pela busca, por metas e por dias melhores.
A cidade é tão grande quanto pequena, tão rica quanto pobre.
No semáforo, a menina vende chicletes. Longas avenidas se escondem nas esquinas.

As pontes às vezes me levam para lugar nenhum.
Arranha-céus. A língua arranha o céu de minha boca, mas, não cala minha voz.
Os olhares nas fotografias revelam folguedos, carnavais e folias. Revelam segredos, carências e magias. A cidade tem encantos e segredos a revelar: O cais do porto, o cais dos rios e o cais das pessoas.
Revistas, novelas e jornais são “fofocas” oficiais.
Pausa pra um café.
Pausa pra o intervalo comercial.

3 comentários:

  1. Laércio, entre 2 trim-trins de telefone acessei o facebook, caí dentro da ostra e ví um pouco da pérola. Parabéns, o blog está realmente muito bom. Abraços.

    ResponderExcluir
  2. Obrigado amigo!! Seja bem vindo, tem sempre motivo pra um brinde. Um abraço

    ResponderExcluir
  3. Você presenteia seu leitor, agora ainda mais nos permitindo ver sua arte por completo! Beijosss

    ResponderExcluir